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Uma Iniciativa de Adriano Novo

Sem nenhum voto contrário,Câmara abre Comissão Processante a pedido de Adriano Novo contra Otto Alejandro

Todos que participaram da votação foram favoráveis à apuração de quebra de decoro; Fernanda Souto, Eduardo Magoga e Guilherme Teixeira compõem a CP

População compareceu ao Plenário da Câmara para pressionar os vereadores a aprovarem a abertura da Comissão Processante contra Otto Alejandro; desde segunda-feira, quando não houve votação por falta de quórum, a situação do parlamentar mudou com a divulgação de novos vídeos polêmicos
População compareceu ao Plenário da Câmara para pressionar os vereadores a aprovarem a abertura da Comissão Processante contra Otto Alejandro; desde segunda-feira, quando não houve votação por falta de quórum, a situação do parlamentar mudou com a divulgação de novos vídeos polêmicos

A Câmara Municipal de Campinas aprovou ontem a abertura da Comissão Processante (CP) contra o vereador Otto Alejandro (PL) em uma sessão marcada por tensão política, plenário lotado e forte repercussão dos episódios mais recentes envolvendo o parlamentar. O requerimento, protocolado pelo cidadão Adriano Vieira Novo, foi analisado em votação única e recebeu 29 votos favoráveis, sem voto contrário nem abstenção. Três vereadores estiveram ausentes, entre eles o próprio Otto Alejandro, Marcelo Silva (PP) e Carmo Luiz (Republicanos). A CP passa a apurar possível quebra de decoro parlamentar após a denúncia de violência doméstica registrada neste mês e a divulgação de novos vídeos que ampliaram o desgaste político de Otto em nível nacional. Com a abertura autorizada, os vereadores Fernanda Souto (PSOL), Eduardo Magoga (Podemos) e Guilherme Teixeira (PL) foram sorteados para compor o colegiado responsável pela investigação. A definição da presidência e relatoria da CP motivou o momento de maior tensão da sessão. Sob gritos de parte do público, que cobrava a liderança feminina no colegiado, a decisão inicial de colocar Guilherme Teixeira na presidência foi revertida. Ele declinou do posto após minutos de conversa entre os parlamentares durante suspensão dos trabalhos determinada pelo presidente da Câmara, Luiz Carlos Rossini (Republicanos). Ao retorno da sessão, a vereadora Fernanda Souto foi eleita presidente e Eduardo Magoga assumiu a função de relator. A Comissão Processante terá até 90 dias para realizar diligências, solicitar documentos, ouvir testemunhas e elaborar um parecer final. O vereador acusado será notificado e apresentará sua defesa por escrito em até dez dias. O relatório será submetido à votação aberta em plenário, podendo recomendar o arquivamento das acusações ou a cassação do mandato, hipótese que exige o apoio de dois terços dos parlamentares para se consolidar. Paralelamente, a Corregedoria da Câmara recebeu um documento, assinado pelos vereadores Roberto Alves (Republicanos), Luiz Yabiku (Republicanos), Permínio Monteiro (PSB), Paulo Haddad (PSB) e Rodrigo da Farmadic (União Brasil), solicitando investigação dos fatos relacionados ao vereador Otto Alejandro. A Corregedoria tem autonomia para instaurar sindicâncias e propor medidas previstas no Código de Político do PL foi acusado de violência doméstica Ética, sem necessidade de votação em plenário. ENTENDA A decisão dos vereadores a favor da abertura da CP ocorreu dois dias após o adiamento provocado pela falta de quórum. Desde então, novas imagens circularam nas redes sociais e intensificaram a crise política envolvendo Otto Alejandro. Na terça-feira, o vereador reativou suas redes sociais e publicou um vídeo no Instagram. Nele, Otto afirmou ser alvo de perseguição política e reiterou sua inocência. No mesmo dia, pediu aos colegas do Legislativo que lhe garantissem o direito de se defender no processo. Em entrevista ao Correio Popular na mesma terça-feira, Otto também alegou inocência e disse que a denunciante voltou atrás após registrar boletim de ocorrência e retirou as queixas. No entanto, os três novos vídeos impulsionaram a repercussão negativa. Um deles, gravado em 21 de abril deste ano, registrou a discussão entre Otto e uma funcionária da portaria do prédio onde morava a jovem que apresentou o boletim de ocorrência por violência doméstica neste mês. A gravação, com cerca de quatro minutos, mostrou insultos, frases de intimidação e palavrões por parte do vereador. Em determinado momento, ao ser questionado se estava ameaçando a funcionária, ele respondeu que “na hora que você pisar para fora nós vamos conversar”. Ao final, chamou a mulher de “sapatão”. Em nota enviada ao Correio Popular, Otto disse que o episódio foi “um fato de ordem financeira”. Ele argumentou que foi ofendido e que apenas reagiu, além de alegar que o vídeo foi editado. Outro registro, feito em um dia de Carnaval, mostrou o parlamentar discutindo com guardas municipais e insinuando que um dos agentes “ia perder o emprego”. Uma terceira gravação relatou um episódio em um estacionamento de bar. O vereador teria ignorado orientações, estacionado em local proibido e reagido de forma agressiva ao ser solicitado a retirar o veículo. A funcionária afirmou ter sido humilhada e divulgou o caso após a repercussão dos demais vídeos. REAÇÕES A sucessão de episódios provocou reações imediatas entre os parlamentares. A vereadora Paolla Miguel (PT) afirmou que a Câmara precisava cumprir “seu dever histórico de respeito à mulher campineira”, lembrou que não era a primeira denúncia envolvendo o vereador e disse que “a Casa não podia passar pano”. “Violência nenhuma é aceitável. Sou corregedor desta Casa. Chegou um documento na corregedoria sobre os fatos dos vídeos e do boletim de ocorrência. Os outros vereadores me procuraram e assinaram documento pedindo análise e investigação. Aqui tem seriedade. Essa Casa tem vereadores que não fogem. Paralelo à abertura da CP, a Corregedoria investigará o caso”, disse Carlinhos Camelô (PSB). “Essa casa precisa agir. As mulheres não vão se silenciar. Os vídeos e a repercussão são lamentáveis. Precisamos parar com a violência. A repercussão foi nacional. A Casa precisa dar o exemplo”, declarou Guida Calixto (PT). “Já tive um caso de violênAlessandro Torres Alessandro Torres População compareceu ao Plenário da Câmara para pressionar os vereadores a aprovarem a abertura da Comissão Processante contra Otto Alejandro; desde segunda-feira, quando não houve votação por falta de quórum, a situação do parlamentar mudou com a divulgação de novos vídeos polêmicos O PIDS abrange uma área de 17 milhões de m²; lei aprovada exige a preservação de áreas verdes e recomposição da vegetação nativa cia doméstica na minha casa. Votarei favorável à abertura da Comissão Processante”, afirmou Benê Lima (PL). “Não eram boatos, eram fatos. Os vídeos comprovaram a conduta do vereador. Fatos graves precisam ser investigados. A Câmara Municipal não pode fechar os olhos. Eu votarei favorável à abertura da CP”, disse Vini Oliveira (Cidadania). “Circulou um vídeo no meio do ano, quando o vereador supostamente atacou um ônibus coletivo. Depois veio a denúncia da violência doméstica registrada em boletim de ocorrência. Na segunda-feira, a tropa de choque do vereador atacou vereadoras mulheres, inclusive Débora Palermo, do PL. Hoje ninguém apareceu. Essa casa não pode compactuar com essa violência”, afirmou Wagner Romão (PT). “Não é possível tratar tudo isso com normalidade. As denúncias são graves. Violência contra mulheres não será tolerada. Essa casa precisa proteger as mulheres e dar resposta à cidade. O vereador Otto Alejandro não representa o PL. A população de Campinas está cansada de tanta violência. O país espera uma resposta. Eu não vou me calar”, defendeu Debora Palermo (PL). OUTRAS VOTAÇÕES Além da abertura da CP, a Câmara aprovou dois projetos de impacto para o município. O primeiro autorizou, com 27 votos favoráveis e nenhum contrário, a doação de uma área de quase 35 mil metros quadrados ao Governo do Estado para a construção do futuro Hospital Metropolitano de Campinas, na Avenida Prefeito Faria Lima. O segundo projeto aprovado atualizou a Planta Genérica de Valores (PGV) com 25 votos favoráveis e um voto contrário, base de cálculo do IPTU, mantendo todos os parâmetros de 2017 e determinando que eventuais alterações dependem de decisões administrativas ou judiciais, sem implicar aumento automático para os contribuintes.


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Adriano Novo, Vila Padre Anchieta, Campinas

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