Prefeitura de Campinas libera reabertura da Lagoa do Taquaral ao público

A Lagoa do Taquaral será reaberta neste sábado (25), das 6h às 21h, após dois meses fechada. O Lago dos Patos e a área de fragmento de eucaliptos, seguem interditados para que sejam recolhidos restos de galharias e a remoção total dessas árvores. O parque foi fechado no dia 24 de janeiro, após a queda de um eucalipto que matou a menina Isabela Firmino Tiburcio, 7 anos. A liberação ocorreu após conclusão da extração de 181 árvores que, segundo laudo da Secretaria de Serviços Públicos de Campinas, apresentavam risco de queda.

O secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella, assegurou que todos os riscos foram eliminados. “Fiz a vistoria junto com a equipe técnica e constatamos que todos os riscos de queda de árvores e galhos foram eliminados”, garantiu. Ele explicou que a região do Lago dos Patos e a área dos eucaliptos seguem fechados. “Nessa faixa tem eucaliptos. Removemos alguns, mas agora vamos remover todos eles e preparar a área para receber o banco de germoplasma”, explicou.

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O banco de germoplasma reunirá sementes de espécies nativas da nossa região.

Todos os equipamentos e a maioria dos espaços estão liberados para uso da população, incluindo os pedalinhos, a visitação na Caravela, as quadras poliesportivas, a área do cartódromo, o Parcão e a academia da terceira idade. Apenas o bondinho ainda não funcionará, porque está em manutenção.

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A notícia da reabertura da Lagoa do Taquaral foi recebida com entusiasmo pelos comerciantes da área externa. Mesmo tendo recebido a liberação para abrir os quiosques desde o dia 4 de março, os comerciantes relataram que as vendas chegaram a cair em até 60% em relação ao que vendiam quando o parque estava aberto.

Gilberto Torres, 60 anos, que trabalha em um dos quiosques que vende suco disse que o movimento de pessoas no quiosque caiu bastante. “Não víamos a hora de abrir. Hoje (sexta-feira) completou dois meses que a Lagoa está fechada. Demorou muito para reabrir”, opinou o comerciante que nesse período não trabalhou e aguardava a liberação da circulação de pessoas no parque. “Cada um se virou como deu. Ficamos fechados, mas as contas do mês chegaram em casa”, lamentou. Apesar do tom preocupado, agora Torres está sorrindo com a perspectiva de que as vendas serão retomadas e voltarão ao normal.

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A proprietária de outro quiosque, Valéria Valentim, 38 anos, disse que todos os comerciantes dos 20 quiosques estão animados e felizes. “Agora é só alegria, porque com o parque fechado, as vendas caíram em 60%. O estacionamento não tinha ninguém, estava tudo desanimado”, disse.

A felicidade da reabertura não se limita somente aos comerciantes, mas também pelas pessoas que gostam de frequentar esses espaços de lazer ao ar livre. O administrador Eduardo Leite, 36 anos, tem o costume de passear com a filha Sofia, de 4 anos, em parques e praças da cidade. Geralmente, o passeio ocorre após sair do trabalho e também nos fins de semana. Pai e filha costumam frequentar a Lagoa do Taquaral, já que a menina gosta dos brinquedos que ficam na parte interna do parque, principalmente do que ela chama de “brinquedão”, que é um playground de madeira. Com o fechamento do parque, eles passaram a buscar alternativas. “Acabamos indo para shoppings, mas não gostamos. Preferimos locais abertos”, contou o pai que estava passeando na área externa do Taquaral na tarde de sexta-feira (24) com a filha nos ombros. “Nós vamos voltar aqui para brincar na parte interna. Com certeza vamos aproveitar”, destacou.

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A engenheira de alimentos Andréia Vitorino Giro, 38 anos, estava com as duas filhas na parte externa do parque e disse que também voltaria para aproveitar as instalações internas do parque, como pedalinhos e pista de caminhada. “Com certeza vamos voltar para poder visitar o lago. Temos esse costume de levar as crianças em parques”, contou.

Outros parques

A equipe técnica também realizou vistorias em outros dois parques da cidade, o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e a Pedreira do Chapadão. O Ecológico tem previsão de abertura no dia 30 de março, pois só falta a limpeza dos galhos das 10 árvores que foram removidas. Já na Pedreira do Chapadão a equipe da Secretaria de Serviços Públicos está enfrentando dificuldades para fixar o alambrado, para que a população não se aproxime do rochedo, pois o solo é rochoso e o processo de perfuração é demorado e trabalhoso. Por essa razão, a Pedreira segue sem previsão de reabertura para o público.